24.4.09

Por que não desperdiçar dinheiro??? Ou: a inutilidade da pesquisa científica

Eu sou uma pessoa que acredito muito no conhecimento empírico. Ou, pra simplificar as coisas: acredito naquilo que a gente aprende na prática, ou nos conhecimentos práticos que nos são transmitidos.
Tá, tá... Eu acredito naqueles "conhecimentos das avós". Entende o que eu quero dizer? Por exemplo: chá de camomila clareia os cabelos... Se molhar a carne no leite ela fica mais macia... Esse tipo de coisas.
Sendo assim, nunca entendi a necessidade dos "cientistas" de terem que fazer "experimentos científicos controlados" para comprovarem coisas que minha avó (que só estudou até a 4ª série, se tanto) já sabia! Experimentos com gastos elevados, claro. Afinal, tem que pagar o pesquisador... Tem que pagar a faxineira que limpa o laboratório... Tem que pagar o material... E, no caso de se utilizar "voluntários", eles também tem que ser pagos - de uma forma ou de outra, eles são.
Faz muito que estou de saco cheio com as "pesquisas científicas". A grande maioria é, no mínimo, supérflua, pra não dizer inútil.
Mas, ao me deparar com a notícia abaixo sobre o chiclete sem açúcar e seu potencial uso como inibidor de apetite... Nossa...
Que alguém queira testar essa grande teoria tudo bem... Mas o que me deixa estarrecida é alguém autorizar e financiar isso! Incrível! Absurdo! Vai ver realmente está sobrando dinheiro no mundo. (se tivessem me perguntado, teria dito que funcionava, que era eficaz e só cobrava uns 10 reais! Tá... chorando muito eu falava por R$ 5,00)

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u555762.shtml

7.4.09

2 pesos.. 2 medidas...



Embora seja considerado normal, habiual, corriqueiro, a atitude passiva das pessoas frente o "2 pesos, 2 medidas" ainda me surpreende, choca e irrita.


algum tempo atrás, foi anunciado pela imprensa que os músicos Marcelo Camelo e Mallu Magalhães estavam namorando. este anuncio não teria nada de especial, não fosse o fato dele ter mais de 30 anos e ela uns 16.


Meu assombro não está na diferença de idade. não me importaria se ele tivesse 90 e ela 18. Tanto faz. Ambos seriam adultos, capazes e livres para tomarem suas decisões.


Porém, este não é o caso.


Para falar a verdade, também não me incomoda muito o fato dele ter mais de 30 e a moça, 16. que se dane!


Continuo achando que, depois dos 15, os indivíduos deveriam ser tratados como adultos.


Então, qual o meu problema?


O mesmo da situação "Dado Vs Luana". (Ainda acho que roupa suja se lava em casa. Mas essa não é a questão aqui).


O tal aspirante a ator/músico/modelo, e sem noção de plantão, deu uns sopapos na boazuda metida. Ó, que tragédia!!!!


Então, qual o meu problema?


É o "2 pesos, 2 medidas"!!!!!


No caso dos músicos, a opinião pública (leia-se: a opinião que a imprensa tenta - e, infelizmente consegue - enfiar goela a baixo. Alguém aí viu o Fantástico que tratou da "polêmica"????) diz que não é problema moral algum. Que é "O Amor".


Agora, vai o João da Silva, mais de 30, se apaixonar e começar a namorar a Maria de Sousa, 16. Nesta situação, estaríamos frente a um caso de pedofilía! Ó, que horror!


Cadeia para o João da Silva e tratamento psicológico/psiquiátrico para a pobre Maria de Sousa!!!


O caso dos "atores" não é muito diferente.


Como quem deu os sopapos foi o "famoso" Dado Dolabela, tudo bem. Não tem problema.


Vamos todos defender o valentão. Vamos à imprensa falar bem do rapaz. Vamos fazer camisetas dizendo que ele é um cara legal e que, condená-lo por espancar a namorada é errado.


Contudo, se o valentão fosse o Zé da Esquina, e a vítima fosse a Josefina do Botequinho, as coisas seriam diferentes. Se assim não o fosse, não haveria a celebração pública da "Lei Maria da Penha" (e nem quero entrar nos méritos da tal lei).


É por conta de comportamentos como estes que as pessoas não veem nada de tão errado em um político empregar seus parentes e amigos. Afinal, eles também são "pessoas especiais". Mas aí, e de forma acertada, a mídia grita!


Não pode! Não está certo! É errado!


Não seria errado em qualquer um dos casos? Ou enquanto forem "famosos"/"artistas" (sejam de fato detentores de talentos e artistas, ou só os fabricados) temos de aceitar, quando não exigir um tratamento diferenciado?


Por quê?






P.S. Sei que essa polêmica já passou. Já é "assunto velho". Mas escrevi o texto faz um tempinho e queria postá-lo. E, claro, minha indignação não desapareceu só porque apareceram uns 20 novos escândalos desde que tudo isso ocorreu.
P.S.2 Todos os direitos das fotos são reservados e blá blá blá

2.4.09

Livros... livros... e mais livros...

Embora devesse estar mais envolvida com os assuntos do mestrado (não quero nem pensar nesse assunto! Tenho vontade de fungir para o Azerbaijão quando penso nisso!!!!), eu estou lendo vários livros de literatura não clássica. E o pior! Literatura não clássica de fantasia!!!!
Ó! Agora os puristas jogarão as pedras!


Enfim... Nos últimos meses, comecei (e ainda não consegui terminar por conta da mudança! Sim, o livro foi encaixotado e ainda não consegui ter coragem de desempacotar tudo. Mas isso é outra história) a ler "Anybody out there?" da Marian Keyes.
Até onde eu li, o livro é excelente!
Bem diferente dos outros livros das irmãs Walsh. Ele não é tão engraçado. O texto é mais sombrio, mais triste. Mas com pitadas de comicidade, claro!
A história de Anna Walsh é linda. Comovente. De partir o coração e sem aquele mel excessivo no final, que sempre me deixa com medo de acabar desenvolvendo diabetes pelo simples fato de ler ou assistir histórias tão melosas. (Tá, eu sei que disse que não li o livro todo. E não li! Mas não consigo resistir e sempre leio o epilogo antes de terminar o livro hehehe Enfim!)
E o mais legal, é rever as outras Walsh!
Ainda aguardo um livro da Helen. Só espero não precisar de tantos lencinhos quanto no livro da Anna!!!!






Outra série que comecei (e essa sim eu terminei, quer dizer, terminei de ler os livros publicados. A série ainda não acabou) a ler foi a Southern Vampire, de Charlaine Harris.
Esses livros da sra. Harris serviram de inspiração para a série da HBO True Blood.
Adorei a história da Sookie Stackhouse e de seus adoráveis vampiros!
E, embora eu seja completamente suspeita para falar, pois acho livros tão melhores que filmes ou séries de TV, os livros dão de 11X0 na série. E olha que a série é bem legal!
Claro que, o fato de um ser ter aqueles caninos alongados que sempre associamos a vampiros ser bem menos patético em livros do que em uma tela, auxilia e muito no fato de eu gostar mais dos livros.
Não adianta, não consigo achar "normal" um ser humano adulto botar caninos postiços e querer posar de vampiro... Fazer caretas e tudo o mais. É demais para o meu pobre ser!
Mas enfim... A série de Charlaine Harris vale a pena ser lida (e, para os mais corajosos e menos preconceituosos, vista).
Os mistérios, a ação e os romances escritos pela senhora Harris são cativantes e viciantes.
Agora em maio sai o nono volume da série. Pena que terei que esperar até junho para lê-lo (ó! maldito mestrado)


Outra série que tentei ler... Isso mesmo! Tentei! (E só tentei. E por isso vai ficar sem figurinha!!! Hunf)
E, para quem me conhece, sabe como isso é bizarro. Normalmente, fico tão ligada nos livros (mesmo nos que não gosto) que não consigo parar de ler antes de terminar.
Enfim... a outra série que tentei ler foi a da Anita Blake. E nem quero saber quem é a autora!
Bom, o caso é o seguinte. O livro tem o mesmo universo fantasioso da série Southern Vampire.
Mistério. Vampiros. Lobisomens e outros seres do mesmo nível...
Os primeiros livros foram legais. Aventuras. Mistérios. Ação. Romancezinho água com açúcar.
Tudo indo bem.
Mais adiante começam a aparecer as cenas de sexo. Mais aventuras. Mistérios. Ação. E, mesmo com o sexo, romancezinhos água com açúcar. Tudo ótimo.
Porém, chega um momento que a coisa sai do nível Sabrina e passa para Calígula.
Sem noção!
Há limites!
Podem ser baixos, quase inexistentes. Mas há limites!
Não consigo ler um livro em que 90% das cenas são de sexo, zoofilia e afins. E, claro, como pano de fundo, uma heroína que deixou seus amigos de lado, seu romancezinho água com açúcar para trás (pobre Richard... Eu realmente gostava dele) para ficar só com o sexo (nada contra! Mas tudo em excesso é demais. Ainda mais quando é com trocentos seres diferentes em poucas páginas), zoofilia e afins.
Há limites!

A última (ou a primeira, depende do ponto de vista) série "sobrenatural" que li foi a Twilight. Não faço idéia de como traduziram para o português. Entschuldegung! Sorry! Sinto muito!
Gostei da história-romancezinho-aventura de Edward e Isabella. Romancezinho água com açúcar no seu melhor estilo. Bem pré-adolescente.
Os três primeiros livros são bem bons. Nenhuma obra prima. (mas nenhum das séries que citei antes são, então não há nada errado nisso)
Porém, o último livro foi brabo de conseguir terminar.
Gente... É melação demais. Aventura de menos. Chatice em excesso!
Enfim... Gostei da história, apesar dos personagens principais serem beeeem parados. Tá, a Bella até tenta... Mas o Edward é muito patetão. Credo! Prova de que beleza realmente não é tudo.
Preferia muito mais o pirralhinho do Jacob. Muito mais decidido. Muito mais ousado... Muito mais divertido.
O pior na série, pelo menos para mim, foi perceber que o amor da mocinha pelo vampiro foi muito mais uma questão de auto-convencimento do que qualquer outra coisa! Putz... Tive essa impressão quando a Bella conversa com a mãe, e esta diz para a filha que ela sempre foi muito determinada. Que quando colocava uma coisa na cabeça, não tirava mais. E que, por conta disso, faria tudo dar certo.
Peraí, quer dizer que ela se afundou em depressão e quase matou todos ao redor de preocupação porque ela tinha decidido que amava o Edward e podia nem ser assim???? Ahhh, valha-me Deus!
Mas enfim... Eles viveram felizes para sempre... Como em toda historinha água com açúcar que se preze.
Ah, me revoltei com o final do Jacob, óbvio! Mas enfim...



Tinha pensado em postar um lindo texto sobre as hipocrisias nacionais (uma pequena seleção, óbvio! Não tem como falar de todos os absurdos que acontecem nesse país...), mas mudei de idéia. Talvez ainda poste. Claro, se fizer algum sentido e outras barbaridades não aparecerem e tornarem as "escolhidas" notícias tão velhas que ninguém mais se lembra. O que, convenhamos, é super comum, né