7.4.09

2 pesos.. 2 medidas...



Embora seja considerado normal, habiual, corriqueiro, a atitude passiva das pessoas frente o "2 pesos, 2 medidas" ainda me surpreende, choca e irrita.


algum tempo atrás, foi anunciado pela imprensa que os músicos Marcelo Camelo e Mallu Magalhães estavam namorando. este anuncio não teria nada de especial, não fosse o fato dele ter mais de 30 anos e ela uns 16.


Meu assombro não está na diferença de idade. não me importaria se ele tivesse 90 e ela 18. Tanto faz. Ambos seriam adultos, capazes e livres para tomarem suas decisões.


Porém, este não é o caso.


Para falar a verdade, também não me incomoda muito o fato dele ter mais de 30 e a moça, 16. que se dane!


Continuo achando que, depois dos 15, os indivíduos deveriam ser tratados como adultos.


Então, qual o meu problema?


O mesmo da situação "Dado Vs Luana". (Ainda acho que roupa suja se lava em casa. Mas essa não é a questão aqui).


O tal aspirante a ator/músico/modelo, e sem noção de plantão, deu uns sopapos na boazuda metida. Ó, que tragédia!!!!


Então, qual o meu problema?


É o "2 pesos, 2 medidas"!!!!!


No caso dos músicos, a opinião pública (leia-se: a opinião que a imprensa tenta - e, infelizmente consegue - enfiar goela a baixo. Alguém aí viu o Fantástico que tratou da "polêmica"????) diz que não é problema moral algum. Que é "O Amor".


Agora, vai o João da Silva, mais de 30, se apaixonar e começar a namorar a Maria de Sousa, 16. Nesta situação, estaríamos frente a um caso de pedofilía! Ó, que horror!


Cadeia para o João da Silva e tratamento psicológico/psiquiátrico para a pobre Maria de Sousa!!!


O caso dos "atores" não é muito diferente.


Como quem deu os sopapos foi o "famoso" Dado Dolabela, tudo bem. Não tem problema.


Vamos todos defender o valentão. Vamos à imprensa falar bem do rapaz. Vamos fazer camisetas dizendo que ele é um cara legal e que, condená-lo por espancar a namorada é errado.


Contudo, se o valentão fosse o Zé da Esquina, e a vítima fosse a Josefina do Botequinho, as coisas seriam diferentes. Se assim não o fosse, não haveria a celebração pública da "Lei Maria da Penha" (e nem quero entrar nos méritos da tal lei).


É por conta de comportamentos como estes que as pessoas não veem nada de tão errado em um político empregar seus parentes e amigos. Afinal, eles também são "pessoas especiais". Mas aí, e de forma acertada, a mídia grita!


Não pode! Não está certo! É errado!


Não seria errado em qualquer um dos casos? Ou enquanto forem "famosos"/"artistas" (sejam de fato detentores de talentos e artistas, ou só os fabricados) temos de aceitar, quando não exigir um tratamento diferenciado?


Por quê?






P.S. Sei que essa polêmica já passou. Já é "assunto velho". Mas escrevi o texto faz um tempinho e queria postá-lo. E, claro, minha indignação não desapareceu só porque apareceram uns 20 novos escândalos desde que tudo isso ocorreu.
P.S.2 Todos os direitos das fotos são reservados e blá blá blá

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